Cirurgia Percutânea
A cirurgia percutânea foi desenvolvida nos Estados Unidos pelo Dr. Stephen Isham, ainda na década de 80, e aperfeiçoada e consagrada pelo ortopedista espanhol Mariano de Prado, a partir dos anos 90. Embora já seja praticada em países da América do Sul, como Chile e Argentina, há mais de 10 anos, só chegou ao Brasil há pouco anos, devido à influência norte americana, que não difundiu a técnica.
O método consiste em cortes ósseos por meio de mini-incisões de pele (2 a 3 mm), pelas quais são introduzidos os instrumentos utilizados (fresas percutâneas). O procedimento é feito sob controle radioscópico (radiografias durante a cirurgia) e pode ou não utilizar material de síntese (parafusos percutâneos). A anestesia também é local, realizada ao nível do tornozelo, através da técnica do Pentabloqueio, sem a necessidade da Raquianestesia tradicional.
Essa técnica inovadora vai de acordo com a evolução da medicina moderna que visa, cada vez mais, a minima agressão ao paciente, com retorno mais rápido às atividades diárias e ao trabalho. Pacientes com contra-indicações à cirurgia aberta tradicional (idosos, diabéticos e com insuficiência vascular/varizes) agora podem desfrutar dos benefícios da cirurgia.
Nos últimos anos, essa técnica foi-se estabelecendo no Brasil e no mundo, tendo suas indicações ampliadas. Antes, era restrita apenas ao antepé (metatarsos e dedos) e, atualmente, já são feitas cirurgias nas demais porções do pé e do tornozelo.
As principais indicações são no tratamento do HÁLUX VALGO (JOANETE), METATARSALGIA e NEUROMA DE MORTON, DEFORMIDADES NOS DEDOS MENORES (DEDOS EM GARRA), CALOSIDADES NOS DEDOS, DOENÇA DE HAGLUND e TENDINOPATIA INSERCIONAL DO TENDÃO CALCÂNEO/AQUILES, FASCÍTE PLANTAR (ESPORÃO), PÉ PLANO e PÉ CAVO.
Finalmente, o paciente pode ter alta hospitalar no mesmo dia, caminhando com uma sandália e curativo especiais, com menos dor e reabilitação mais rápida do que na cirurgia tradicional.
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