Torção no tornozelo (entorse): o que é, causas, sintomas e tratamento

O que é a entorse do tornozelo?

É a lesão esportiva mais comum do mundo (21%) e a lesão mais frequente durante as atividades esportivas recreativas, bastante relacionada aos esportes de salto e corridas. Representa 15% dos atendimentos no Pronto-Socorro, com principal mecanismo o de inversão (85% – girar o pé para dentro).

Na maioria dos casos (85%), onde há dor e edema (inchaço) importantes, os ligamentos laterais, principalmente o L. Fibulotalar Anterior e o L. Fibulocalcâneo, costumam estar lesionados ou rompidos.

O que pode causar a torção?

Os principais fatores de risco são: Pisada Supinada (Pé Cavo), Instabilidade Crônica do Tornozelo (após entorse grave sem tratamento adequado ou múltiplos episódios) e Atividades Físicas Profissionais ou Recreativas com salto ou corridas.  

Quais os principais sintomas?

Dor, inchaço e hipersensibilidade na face lateral (externa) do tornozelo principalmente e/ou na borda medial (interna), com dor à movimentação e dificuldade ou incapacidade para andar.

Também pode haver hematoma ou equimose local e história de estalido no momento da torção.

Como confirmar a entorse no tornozelo?

O diagnóstico pode ser facilmente realizado pelo exame clínico do ortopedista especialista em pé e tornozelo. Os exames de imagem necessários na Fase Aguda são a Radiografia do Tornozelo ou a Tomografia Computadorizada (nos casos duvidosos) para verificar se há fraturas.

A Ressonância Magnética é reservada, após 6 semanas, para os casos que não evoluem bem para avaliar possíveis complicações, como lesões de cartilagem e instabilidade. O Ultrassom não é útil nesse contexto. 

Qual tratamento?

O tratamento conservador (não cirúrgico) é eficaz em 80% dos casos, independente da gravidade, e deve ser sempre tentado antes da realização de qualquer intervenção cirúrgica.

Fase Precoce:

  • PRICE (Pressão, Repouso, Gelo/Ice, Compressão e Elevação)
  • Imobilização (2 – 4 semanas): Bota Ortopédica Cano Longo
  • Fisioterapia Motora: Medidas analgésicas e Manutenção da Amplitude de Movimento (Apenas Dorsiflexão e Flexão Plantar / Evitar movimentos de Eversão e Inversão). 

Fase tardia

  • Fisioterapia Motora: Fortalecimento da musculatura eversora (fibulares), treinos de propriocepção (equilíbrio) e de pliometria (mudança de direção).
  • Reforço Muscular Progressivo: Inicia-se com atividades físicas de baixo impacto (bicicleta, elíptico, musculação, hidroterapia, natação ou musculação), evoluindo progressivamente para as atividades físicas e esportivas que tolerar, inicialmente com bandagens protetoras. 

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Dr. Rafael Botelho | CRM CE 13307 | RQE 7901